Cultura
Marina Colasanti morre aos 87 anos no Rio
Uma das escritoras mais respeitadas no universo da literatura para crianças, Marina Colasanti, de 83 anos, morreu nesta terça-feira (28) devido a complicações da doença de Parkinson, no Rio de Janeiro. Também artista plástica e jornalista, trabalhou em diversas publicações, inclusive como editora do suplemento infantil do Jornal do Brasil. Também escreveu livros, poemas, contos e crônicas para adultos.
Nascida na África, na cidade de Asmara (capital da Eritreia), Colasanti é filha de italianos, morou com os pais na Líbia e na Itália antes de se estabelecer no Brasil, em 1948. Desde muito pequena, gostava de ler e ficou fã de “Pinóquio” e dos contos dos irmãos Grimm, que mais tarde influenciariam sua literatura.
Entre as marcas da escritora estavam justamente elementos fantásticos e o protagonismo feminino. Estreou na literatura em 1968 com “Eu Sozinha", que fala sobre passagens de sua vida durante a ditadura militar brasileira. Começou a se destacar na literatura para crianças e jovens com “Uma Ideia Toda Azul”(1979), no qual reis, rainhas, fadas e gnomos desfilam em dez contos que passam longe de dar lições de moral. Para ela, “as grandes obras para esse público são grandes porque escapam disso".
Em 2023, pelo conjunto de sua obra, Colasanti recebeu o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras. No ano passado, também foi reconhecida como personalidade literária pelo Prêmio Jabuti, após vencer nove vezes a categoria Melhor Livro Infantil.
Outros títulos da autora para crianças e jovens:
"Ofélia, a Ovelha” (1989)
“Ana Z, Aonde Vai Você? (1994)
“O Lobo e o Carneiro no Sonho da Menina” (1994)
“Um Amor Sem Palavras” (2001)
“A Amizade Abana o Rabo” (2002)
“Uma Estrada Junto ao Rio” (2005)
“Minha Ilha Maravilha” (2007)
“Minha Tia me Contou” (2007)
“Poesia em 4 Tempos” (2008)
“Cada Bicho Seu Capricho” (2009)
“Classificados e Nem Tanto” (2010)