Qualé da sua Escola
Natureza compartilhada
Alunos surdos e alunos ouvintes do Capão Redondo participam de projeto que incentiva brincadeiras e experiências em meio ao verde

Brincar ganhou um novo significado para alunos do CEU Capão Redondo - Polo Bilingue José Saramago, zona sul de São Paulo. Tudo começou quando a professora bilíngue Patrícia Mendonça Santos, que ensina tanto estudantes surdos quanto ouvintes, teve a ideia de inscrever os alunos no projeto Caixas da Natureza, do programa Ser Criança É Natural.
O objetivo é que crianças e jovens de todo o Brasil troquem experiências e brincadeiras relacionadas à natureza. Dentro de uma caixa, eles colocam sementes, folhas, gravetos, ideias de brincadeiras e outros elementos da natureza que os cercam e depois trocam o material com pessoas de outras localidades.
Dessa forma, uma criança que mora em São Paulo, por exemplo, poderá conhecer espécies vegetais de outras regiões sem sair do seu bairro ou do próprio quintal. “Quando a professora disse que trocaríamos a nossa caixa com alunos de uma escola de Santa Catarina (EEF Patrício Teixeira Brasil), ficamos ainda mais motivados, porque cuidar do jardim já tinha despertado nossa curiosidade”, conta
Simone, 11 anos, do 6o ano, que é surda e deu esse depoimento à Qualé tendo a professora como intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os alunos Erick, 11, e Maria Eduarda, 11, também surdos e da mesma turma, relatam que agora sabem mais sobre pássaros. “Nós até fizemos um comedouro para aves livres”, diz Erick. “Aprendemos que eles também precisam que a gente cuide da natureza”, completa Maria Eduarda, apontando para uma paineira cheia de maritacas que fica dentro do complexo da escola.
Orgulhosa com a evolução e o interesse dos alunos pelo tema, a professora afirma que participar do projeto Caixas da Natureza com estudantes de outro estado também possibilita que alunos ouvintes possam aprender um pouco de Libras e vice-versa. “Essa troca é muito rica”, conta ela, que é ouvinte, mas desde pequena se interessou pela linguagem de sinais. “Eu tinha um amigo surdo na infância e muitos diziam, ‘como, se ele não fala?’ Eu respondia: ‘mas ele sabe brincar’”.
O aluno Raphael, de 11 anos, dá uma boa ideia para diminuir essas distâncias: “Seria bom que todas as pessoas aprendessem um pouco de Libras pra interagir mais com a gente. Fora da escola ainda é difícil conversar”.
Você sabia?
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