Ciência
Sonda chinesa coleta amostras da Lua
A China acaba de deixar sua bandeira fincada no lado oculto da Lua – que não conseguimos ver a partir da Terra. No domingo (2), a sonda Chang'e-6 desceu em uma gigantesca cratera chamada Apollo, na bacia Polo Sul-Aitken. Segundo informações da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), a sonda coletou com sucesso amostras da região lunar e iniciou o retorno à Terra na noite de segunda-feira (3).
O porta-voz da missão, Ge Ping, afirmou que a análise dessas amostras vai permitir que os cientistas possam "aprofundar a pesquisa sobre a formação e a evolução histórica da Lua".
A Chang'e-6 saiu da Terra no dia 3 de maio deste ano, direto da província de Hainan, no sul da China. A sonda usou uma furadeira e um braço robótico para escavar o solo. As amostras serão transferidas para um módulo de retorno e devem pousar na região da Mongólia Interior, no norte da China, no dia 25 deste mês.
Em dezembro de 2020, a China já havia lançado a missão Chang'e-5, que coletou amostras do lado visível da Lua. Desde então, a última empreitada nesse sentido foi da antiga União Soviética, em 1976, que resgatou 170,1 gramas de amostras do Mare Crisium, também no lado visível da Lua.
Nos últimos anos, o país asiático obteve outras importantes conquistas espaciais, como a construção da estação espacial Tiangong, o pouso de robôs de exploração em Marte e na Lua e o envio de missões tripuladas.