Entrevista
Pepê representa o Brasil na canoagem cross
O canoísta Pedro Henrique Gonçalves Silva, 31 anos, mais conhecido como Pepê Gonçalves, é um dos destaques nos Jogos de Paris de 2024. Ele já participou de duas outras Olimpíadas (Tóquio e Rio de Janeiro) na canoagem slalom, mas desta vez estreia uma nova modalidade, a canoagem slalom extrema ou caiaque cross, que começa a ser disputada neste ano em uma Olimpíada. Entre um treino e outro, conversamos com o atleta de Ipaussu (SP).
Você já esteve em duas Olimpíadas. Como atleta, como é participar de um evento como esse? O que você acha mais desafiador?
O mais desafiador em participar dos Jogos Olímpicos é que o evento acontece de quatro em quatro anos. Então, são quatro anos trabalhando pra chegar em alto nível naquele ano. Classificar para os Jogos Olímpicos é muito difícil, né? Ninguém te dá a vaga, você tem que ir lá e conquistar. A classificação dos Jogos Olímpicos é uma parte muito dura, porque por qualquer detalhe você pode ficar de fora, mesmo estando no seu auge. Então eu acho que esse período de quatro anos trabalhando para um evento é o que deixa os Jogos mais excitantes, mais incríveis, mas também é o que mais exige do atleta.
Tecnicamente, quais as diferenças entre a prova que você competia e a que vai estrear agora nos Jogos? A canoagem extrema ou cross é mais complicada?
Eu vou participar das duas modalidades, só acrescentou o caiaque cross mesmo. Apesar de ser a mesma canoagem, a mesma pista praticamente, é tudo diferente. No slalom você está sozinho, em um barco diferente, com um remo diferente, com balizas diferentes. Já o caiaque cross é como se fosse o BMX (corrida de bicicleta) da canoagem, você desce uma rampa com mais três atletas contornando as bóias, os barcos são diferentes, os remos são diferentes, e quem chegar primeiro ganha, basicamente isso.
Qual a sensação de representar o Brasil em um esporte que está iniciando agora nos Jogos Olímpicos?
Eu já estive em duas outras Olimpíadas no slalom e agora vou iniciar nessa nova modalidade, o cross. A sensação é muito boa porque nos coloca iniciando uma categoria no mesmo nível dos europeus, que são muito fortes, de igual pra igual e ao mesmo tempo.
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