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Projeto com a personagem Jovenilda reflete sobre os dilemas da adolescência
Alunos da Emef Joaquim Osório Duque Estrada ganharam seis prêmios com a HQ

Idealizado pelo professor Marcos Moreira, o projeto de histórias em quadrinhos Turma da Jovenilda está ajudando estudantes a refletir sobre as transformações e dilemas da adolescência*. Em 2020, durante a pandemia, Marcos e seus alunos da Emef Joaquim Osório Duque Estrada, na zona leste de São Paulo, intensificaram a troca de ideias e desenhos online. Foi então que souberam do concurso Adole-sendo em Pandemia, promovido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e ganharam seis prêmios.
“Nós conversávamos sobre o que eles estavam passando durante o período de isolamento social, e essas experiências geraram roteiros para as HQs”, explica o professor. Assim surgiu a Jovenilda, uma aluna negra, moradora da periferia e estudante do nono ano. A primeira história desenvolvida pelo grupo foi “Jovenilda Confinada” e, após ganharem o concurso, foram chamados pela Unifesp para uma parceria. A ideia dos cientistas da instituição é que as HQs ajudem a debater preconceitos que envolvem a adolescência, como transformações corporais e cerebrais que deixam essa fase da vida mais atribulada.
Orgulhoso, o professor Marcos, que também é quadrinista, conta que a quarta edição já está em produção. “Com o retorno do projeto de quadrinhos na escola, uma nova geração de alunos vai emprestar seu traço para representar a Jovenilda em novas aventuras”, diz. Ele lembra que os temas abordados nas histórias ajudam não só os adolescentes a entender melhor essas transformações como também os adultos.
Na segunda edição, chamada “Josenilda Confinada”, foram abordados temas como falta de sono à noite, baixa autoestima, bullying na internet, variações de humor, entre outros. “As histórias auxiliam no combate ao preconceito contra essas atitudes típicas da adolescência, explicando por meio da ciência que muitos desses efeitos são causados por mudanças que com o tempo deixam de ser um problema”, afirma Marcos.
A aluna Alex Braz, hoje com 18 anos, participou da primeira revista em 2020. “A personagem representa a nossa sociedade. Ela é uma mulher preta, periférica, estudante de escola pública lidando com problemas internos que quase todo adolescente tem. São assuntos que precisam ser comentados e levados a sério”, finaliza.
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