Cultura
Diretor brasileiro indicado ao Oscar lança animação Perlimps
Alê Abreu, que chegou a Hollywood com o filme O Menino e o Mundo, agora cria personagens para salvar a floresta
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O lobo Claé, do Reino do Sol, e o urso Bruô, do Reino da Lua, são agentes secretos com personalidades muito diferentes, mas com uma vontade em comum: salvar a floresta.
Esse é o resumo de “Perlimps” (lê-se Pérlimps), animação que chega aos cinemas em fevereiro. Alê Abreu, indicado ao Oscar 2016 por “O Menino e o Mundo”, falou com a Qualé sobre a produção 100% brasileira.
O que o inspirou a criar “Perlimps”?
Há dez anos, tive a ideia de criar seres que vinham de outra dimensão. Mas não me inspirei em um só tema, tive mil conexões. Coloquei no meu caderno de anotações. No fim, “Perlimps” fala sobre a crença das crianças de que tudo é possível, e isso traz esperança. É uma animação poética, uma obra aberta e, portanto, algo amplo. Cada um vai sentir de um jeito. E isso é bom. Proporciona amplitude de pensamentos, de reflexões.
Como foi o processo?
Há uns cinco anos, me mudei para Santo Antônio do Pinhal (interior de SP), onde fiquei mais perto da natureza. Parte da equipe de animação veio junto e tivemos novas ideias. Também passamos pela pandemia, o que foi um desafio. Animação é algo trabalhoso, mas é um processo que marcou a minha vida. Hoje me sinto feliz e aliviado de ver que “Perlimps” finalmente nasceu.
Você também desenha?
Sim, participo ativamente de todas as fases. Em “Perlimps”, animei os protagonistas e, pela primeira vez nos meus filmes, um animador fez o outro personagem, o João-de-Barro. Também criei 100% dos cenários. Isso dá uma carga de trabalho grande, mas é do jeito que eu gosto. Esse é o diferencial dos meus trabalhos.
Como é feita a dublagem?
Muitas características das personagens aparecem só depois que os dubladores entram em estúdio. As vozes são construídas por eles e recebem uma carga grande de emoção. Nesse momento, fecho os olhos e consigo visualizar os movimentos de cada desenho. Por isso não é raro, e é até engraçado, que as personagens se pareçam com seus intérpretes, o que aconteceu em “Perlimps”.
Sempre quis trabalhar como desenhista?
Não sabia o nome do que eu queria ser, mas já sabia o que era. Uma das minhas memórias mais antigas me leva para a casa da minha avó, aos 5, 6 anos, quando desenhava no papel de embrulho da carne que vinha do açougue. Fazia histórias em quadrinhos, criava personagens. Já dizia que queria ser isso, sonhava com tudo o que faço hoje. É importante que as crianças sigam o que desejam. Dentro do possível, do apoio que terão, que sejam sempre quem são. Outra dica é levar caderno de desenho para onde for e não deixar de rabiscar nunca.
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