Nascido em Ananindeua, em Belém do Pará, o b-boy Leony contou à Qualé que jamais imaginou que o breaking um dia estaria em uma Olimpíada por ser comumente associado à arte. Um dos rostos mais conhecidos da modalidade no país, ele ainda está em busca da classificação para os Jogos Olímpicos deste ano, mas tem grandes chances em uma eliminatória que será realizada em Budapeste entre os dias 20 e 23 deste mês. Vamos torcer! Acompanhe nosso papo.

Você imaginou que um dia o breaking estaria em uma Olimpíada? O que está achando desse momento?

Nunca imaginei que o breaking iria estar nas Olimpíadas, até porque a gente vivia em um outro mundo, que é o mundo cultural. Tudo isso foi muito novo quando aconteceu, nunca imaginei que fossemos para esse caminho. Tô achando incrível esse momento. No início foi bem turbulento, mas agora percebemos (ele se refere a vários artistas do breaking) o quanto foi benéfico para a nossa cultura: é um momento incrível para o breaking mundial!

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O que vê como diferencial nos atletas brasileiros do breaking?

Eu tenho que ser sincero, infelizmente o Brasil não é favorito neste momento. Tem países que investem mais, tem atletas com um suporte melhor e isso reflete na performance, mas o Brasil é facilmente um dos top oito do mundo. Na modalidade sempre tem um brasileiro entre os melhores. O diferencial do Brasil é que somos um país multicultural, essa riqueza de culturas, essa mistura influencia demais o nosso breaking. 

Como é a sua rotina como atleta/artista?

Agora estou mais focado na parte atlética, então estou treinando todos os dias, e esse treino é dividido entre a parte física pela manhã e o breaking em si à tarde. Então o meu foco de manhã é manter o corpo para à tarde poder ficar só nas performances. 

Como está a expectativa para os Olympic Qualifier Series (OQS) em Budapeste?

A expectativa é muito boa. Ainda existe chance para o Brasil se classificar, então estou treinando firme para agarrar essa chance aí. Estou bem esperançoso, me esforçando e com certeza vou dar o meu melhor.