Após chefiar a Cidade do México, capital do país, Claudia Sheinbaum, de 61 anos, será a primeira mulher a se tornar presidente da história do México. Formada em física e com mestrado e doutorado na área ambiental, ela irá suceder Andrés Manuel López Obrador, conhecido como AMLO, seu padrinho político, de quem busca se diferenciar.

Conhecida por sua seriedade, Sheinbaum deixou o cargo de chefia de governo (equivalente a governadora) da Cidade do México com 54% de aprovação. "Respeitaremos a diversidade política, social, de gênero e sexual. Garantiremos igualdade para as mulheres", disse ela.

Sheinbaum será a oitava mulher eleita presidente por voto popular na América Latina. Agora, o México se junta a Brasil, Panamá, Argentina, Nicarágua, Chile, Costa Rica e Honduras na lista de países que já elegeram uma mulher para o cargo.

As eleições foram marcadas pela lentidão na contagem dos votos. Às 3h de Brasília (0h no México), o Instituto Nacional Eleitoral (INE) estimou que Scheinbaum estaria com cerca de 60% dos votos – sua principal opositora foi a indígena Xóchitl Gálvez, com cerca de 28%. Scheinbaum enfrentará desafios em diversas frentes, entre elas economia, segurança pública e imigração.