Brasil
Silvio Santos morre aos 93 anos em SP
No último sábado (17), aos 93 anos, vítima de uma broncopneumonia, morreu um dos maiores comunicadores do nosso país, o carioca Silvio Santos. Carismático e dono de um enorme faro comercial, ele começou a carreira como camelô (vendedor ambulante) aos 14 anos e passou por muitos empregos, inclusive na Rede Globo, até criar sua própria emissora de TV, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
Silvio Santos era o nome artístico do apresentador (na verdade, ele se chamava Senor Abravanel), que criou um jeito próprio de falar com os brasileiros. Tinha inúmeros programas de auditório e interagia com o público sempre com brincadeiras e piadas. Sua emissora focava ainda em programas infantis ("Bom Dia & Companhia", "Bozo"), seriados e novelas mexicanos ("Chaves", "Chapolin", "Carrossel), sorteios e outras atrações – isso desde o início dos anos 1980, muitos anos antes de existirem os streamings, como Netflix e Disney.
O apresentador era casado com a escritora e jornalista Íris Abravanel e tinha seis filhas: Cíntia, Silvia, Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata, das quais sempre falava em seus programas ao vivo. Aos domingos, ele chegava a passar horas direto no ar, de manhã até a noite, emendando um programa no outro. Entre seus programas mais famosos estavam "Show de Calouros", "Qual É A Música?", "Topa Tudo por Dinheiro" e "Porta da Esperança".
Cantando "Silvio Santos vem aí", os auditórios do SBT ficavam lotados de mulheres que vinham dos quatro cantos do Brasil conhecer o apresentador. Sua morte teve enorme repercussão em todo o país. Além do SBT, ele fez fortuna com a criação de outras empresas, como a Jequiti, de cosméticos, e deixou uma herança estimada em US$ 1 bilhão (cerca de 5,4 bilhões de reais).