Desde que começou a ser monitorado, em 2019, o desmatamento no Brasil caiu em 2024 segundo relatório da Rede MapBiomas divulgado nesta quinta (15). Exceto a Mata Atlântica, que se manteve estável, todos os biomas tiveram uma queda de 32,4% em relação a 2023, a segunda consecutiva.

O Cerrado segue sendo o bioma mais desmatado. Em 2024, foram 652.197 hectares, ou 52,5% do total desmatado no Brasil. Apesar da área perdida, o cerrado teve uma diminuição de 41,2% na comparação com 2023.

A Amazônia ficou em segundo lugar, com 30,4% da área desmatada no Brasil. A região chamada Matopiba, que inclui Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, concentrou 75% do desmatamento do Cerrado e cerca de 42% de toda a perda de vegetação nativa do país. 

Mesmo com a melhora, o país perdeu 1.242.079 hectares de vegetação, o equivalente a 1,5 milhão de campos de futebol. No ano anterior (2023), foram 1.836.749.  

A mata atlântica é o único bioma que apresentou um aumento no desmatamento de cerca de 2%, considerado estável. Natália Crusco, analista de pesquisa do MapBiomas, explica que os eventos climáticos no Rio Grande do Sul (RS) influenciaram a marca. “O RS passou a ser o terceiro estado da Mata Atlântica que mais desmatou por conta das chuvas, ventos fortes e deslizamentos que resultaram na perda de vegetação nativa", afirmou.

Desmatamento no Brasil por biomas:

Cerrado: -41,2%

Amazônia: - 16,8%

Caatinga: -13,4% 

Mata Atlântica: +2%

Pampa: - 42,1%

Pantanal: -58,6%