Esportes
De Paris: recorde no atletismo e medalhas
A Paralimpíada de Paris tem sido marcante para a delegação brasileira. Depois da natação, foi a vez do atletismo brilhar nesta sexta-feira (20). Julio Cesar ficou em primeiro na prova dos 5000 metros da classe T11 durante quase todo o tempo e bateu o recorde mundial ao cruzar a linha de chegada com 14min48s85.
“Isso mostra o poder que a gente, que saiu da periferia, tem. Quando comecei a correr, só tinha um campinho de futebol e a minha determinação”, disse Julio após a prova. O atleta é de Diadema, região metropolitana de São Paulo, e foi diagnosticado com ceratocone, uma doença degenerativa na córnea, aos 7 anos.
Até então, o menor tempo (14min53s97) pertencia ao também brasileiro Yeltsin Jacques, que fechou a prova em Paris na terceira posição. O japonês Kenya Karasawa foi prata, somando 14min51s48.
MAIS OUROS
Na parte da tarde, quem garantiu o primeiro lugar no pódio foi o paraibano Petrúcio Ferreira nos 100 metros com 10s68, sua melhor marca na temporada na classe T47 (deficiência nos membros superiores). O brasileiro, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos 2 anos e perdeu parte do braço esquerdo, é tricampeão paralímpico.
Na prova dos 100 metros na classe T37, quem levou a melhor foi o fluminense Ricardo Gomes de Mendonça, o primeiro dele em Paralimpíadas (tinha um bronze em Tóquio 2020). Ricardo conseguiu o tempo de 11s07. O corredor sofreu um acidente em 2014 que deixou sequelas no braço e perna direitos.
OUTRAS MEDALHAS
Na natação, Talisson Glock levou o bronze nos 200 metros medley da classe SM6 com o tempo de 2min39s30. Este foi o sexto pódio paralímpico da sua carreira. O atleta foi atropelado aos 9 anos por um trem e perdeu o braço e a perna.
A dupla Cátia Oliveira e Joyce Oliveira também ficou em terceiro lugar, só que no tênis de mesa na categoria WD5. Após avançarem às semifinais, as brasileiras voltaram à mesa nesta sexta-feira para enfrentar as sul-coreanas Seo Su Leon e Yoon Jiyu. Elas perderam, mas garantiram o bronze.