Comportamento
Hambúrguer de grilo ou larvas fritas: o que deseja?
Estudos mostram que o consumo de insetos traz benefícios para a nossa saúde e para o meio ambiente
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A ideia pode ser difícil de engolir, mas o consumo de insetos é cada vez mais comum. Afinal, diversos estudos mostram que as dietas com grilos, larvas de besouro e outros bichinhos trazem benefícios para a nossa saúde e para o meio ambiente*.
Alguns desses insetos são ricos em proteínas, sais minerais e vitaminas. Eles também produzem menos gases de efeito estufa do que o gado, e sua criação exige pouco espaço, minimizando a necessidade de desmatamento.
O consumo desses animais é apontado por muita gente, inclusive, como o alimento do futuro, podendo ajudar a combater a fome. Mas engana-se quem pensa que isso tudo é novidade. Em países da Ásia e da África, insetos são saboreados há bastante tempo e usados também como reforço alimentar.
A bióloga Patrícia Milano, pós-doutora em estudos sobre insetos, alerta que “comer inseto vivo pode ser muito perigoso. Ele precisa receber o alimento certo, ter um abate, o processamento e a desidratação adequados. Além disso, existem cuidados importantes antes de levá-los à mesa”, explica a bióloga. Ela diz ainda que algumas espécies, como as baratas, podem causar sérios problemas à saúde de pessoas alérgicas, mesmo quando os animais são criados de forma limpa.
Rodrigo, de 11 anos, aluno do 6o ano do Colégio Adventista de Botafogo, no Rio de Janeiro, não se assustou com a ideia de mastigar um grilo preto, ainda que sua verdadeira curiosidade seja outra. “Não teria nojo de grilo, ainda mais na farinha. Mas acho que o meu preferido seria a larva frita. Deve ser crocante. Só barata que não dá”, pondera o garoto.
Você sabia?
O consumo de insetos pelos seres humanos é chamado de entomofagia. A produção desses bichinhos para consumo precisa ser feita com cuidado e por profissionais especializados.
Veja exemplos de consumo de insetos pelos humanos ao redor do mundo:
ÁSIA E ÁFRICA: Mais de 1.900 espécies, destacando-se besouros, lagartas e vespas, fazem parte da dieta de alguns países*.
BÉLGICA: Em 2013, foi pioneira na criação do hambúrguer de farinha de grilo.
TAILÂNDIA: Campeã mundial na produção de grilos para consumo humano.
SUÍÇA: Faz hambúrguer com larva de tenebrium (besouro) desde 2017. O mesmo prato também já pode ser encontrado no Vietnã.
DINAMARCA: É possível saborear uma refeição completa. Como aperitivo, formigas. Gafanhoto no prato principal e, de sobremesa, sorvete de cera de abelhas.
ESTADOS UNIDOS: Nos supermercados, já é possível achar produtos feitos à base de insetos, como farinha de grilo em pó, barrinhas de cereal e cookies também de grilo.
BRASIL: Podem aparecer na culinária regional, caso da formiga saúva tanajura (assada na manteiga e misturada com farinha de mandioca). Mas ainda não há uma lei específica para a produção e a venda de insetos para consumo humano por aqui.
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