Escola
Escutar o que as crianças têm a dizer é o primeiro passo para falar de acontecimentos trágicos
É essencial falar a verdade, no entanto as informações podem ser adaptadas à maturidade de cada criança
![Imagem Escutar o que as crianças têm a dizer é o primeiro passo para falar de acontecimentos trágicos](https://revistaquale.com.br/storage/article/header/2024/5/23/pro.jpg)
As notícias trágicas fazem parte do universo jornalístico. Muitas delas podem nos impactar, causando indignação, desconforto e tristeza. Imaginem então o efeito que isso pode causar nas crianças que não conseguem ficar protegidas dos fatos que nos rodeiam?
Eventos como a catástrofe climática que atinge o Rio Grande do Sul com as fortes chuvas e enchentes, são exemplos de notícias que chegam, inevitavelmente, ao conhecimento das crianças. Por isso, pais e professores devem estar atentos para mediar esse impacto causado pela informação de eventos tristes e oferecer à criança um ambiente seguro e acolhedor para conversar sobre o assunto.
Antes de qualquer coisa, é necessário escutar atentamente o que a criança tem a dizer, quais são suas dúvidas ou inquietações e, a partir daí, ajudá-la a compreender a situação. É essencial falar a verdade, no entanto as informações podem ser adaptadas à maturidade de cada criança com linguagem adequada, evitando detalhes que possam ser perturbadores ou difíceis de entender. Limite a exposição das mídias direcionada para adultos. Se quiser ler um material jornalístico sobre o assunto, busque aqueles que são elaborados especialmente para o público infanto-juvenil.
Esses veículos transmitem o acontecimento de forma cuidadosa tanto na elaboração dos textos, como na escolha das imagens. Além disso, procure focar em notícias cuja as ações sejam de resolução ou solidariedade que estão sendo praticadas. Isso ajuda a criança a perceber que, apesar das dificuldades, algo está sendo feito em favor das pessoas.
É igualmente importante, mostrar às crianças que elas também podem realizar ações que vão contribuir para o bem-estar das pessoas atingidas. Troca de mensagens de apoio e carinho são um bom exemplo. Inclusive, escrever cartas e fazer desenhos pode ajudar as crianças a lidar com suas emoções, além de sentirem que estão colaborando para amenizar a situação. Estimulá-las a participar de campanhas de arrecadação de roupas ou alimentos pode ser outra forma de atuação.
Aliado a isso, é importante reafirmar para as crianças que existem adultos e autoridades responsáveis trabalhando para manter as pessoas seguras e tentar resolver a situação. Destacar histórias de superação, solidariedade e ajuda mútua, ajudam a equilibrar a discussão e transmitem mensagem de força e esperança. Dessa forma, não alienamos nossas crianças dos problemas, mas caminhamos lado a lado com elas para que se sintam seguras, e desenvolvam habilidade de empatia e compreensão de mundo.
*Claudia Lima Gabionetta é coordenadora pedagógica da revista Qualé, pós-graduada em Gestão de Educação Infantil e especialista em Educação Midiática.
Artigos Relacionados
Mais da Qualé
Começam os Jogos Olímpicos de Paris
Cerimônia de abertura terá 85 barcos ao longo do Rio Sena
Seleção brasileira vence Nigéria no futebol feminino.
Com Marta à frente, Brasil marca 1 X 0 em estreia olímpica
Brasil estreia em Paris com vitória no hand feminino.
Seleção bate a Espanha com atuação estelar da goleira Gabi
Mundo tem dia mais quente da história.
21 de julho alcançou 17,09ºC de temperatura média global
Atualização de software causa apagão.
Pane afetou voos, bancos e telecomunicações no mundo
Prefeita de Paris mergulha no Rio Sena.
Anne Hidalgo nadou nas águas que vão receber modalidades olímpicas
Nas ondas com Tati Weston-Webb.
Brasileira, que surfou pela primeira vez aos 8 anos, é inspiração
Qualé lança videocast com atleta olímpica.
Fabiana Murer, que competia no salto com vara, falou da carreira
Espanha e Argentina são campeãs no futebol.
Seleções vencem Eurocopa e Copa América, respectivamente