Meio Ambiente
Crise climática afasta jovens e crianças da escola
Unicef aponta que mais de 240 milhões ficaram sem aulas devido a eventos extremos

Condições climáticas extremas afastaram pelo menos 242 milhões de estudantes das aulas no ano passado. Segundo relatório publicado na sexta-feira (24) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a cada sete jovens e crianças, pelo menos um foi obrigado a interromper os estudos devido a ondas de calor, inundações, enchentes, ciclones e outros eventos relacionados ao clima.
Denominado “Learning Interrupted: Global Snapshot of Climate-Related School Disruptions in 2024” ("Aprendizado Interrompido: Panorama Global das Interrupções Escolares Devido ao Clima em 2024", em tradução livre), o relatório mostrou que as ondas de calor foram os principais responsáveis pelo fechamento das escolas globalmente, do Ensino Infantil ao Médio.
De acordo com o observatório europeu Copernicus, 2024 registrou pela primeira vez períodos com a temperatura global 1,5ºC acima dos níveis da era pré-industrial (1850-1900). Ao menos 23 países precisaram fechar instituições de ensino diversas vezes ao longo do ano, como o Afeganistão, que teve 110 escolas destruídas em maio devido a inundações. Em setembro, no leste da Ásia, o tufão Yagi afetou 16 milhões de crianças.
Catherine Russell, diretora-executiva do Unicef, afirmou que crianças tendem a ser mais vulneráveis aos impactos das crises climáticas e que a educação é um dos setores mais afetados pelas intempéries. “Elas se aquecem mais rapidamente, transpiram de maneira menos eficiente e se resfriam mais lentamente do que os adultos. Não conseguem se concentrar em salas de aula com um calor sufocante e também não conseguem chegar à escola se o caminho estiver inundado ou se as escolas forem levadas pelas águas. [Tudo isso] Afeta a educação a longo prazo", afirmou.
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