Meio Ambiente
Fumaça altera a cor do céu em Santarém
Nas últimas semanas, moradores da cidade de Santarém, no sudoeste do Pará, vêm sofrendo com uma espessa fumaça que altera a cor do céu, prejudica a rotina da população e favorece problemas respiratórios. O período de seca também agravou a morte de peixes da zona fluvial: cerca de 20 toneladas de animais mortos foram encontradas, incluindo tartarugas e jacarés.
A prefeitura decretou estado de emergência na cidade, mas todo o Estado segue em alerta. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o fogo no Pará começou em julho e, desde então, permanece acima da média histórica mensal registrada desde 1998.
O Instituto estima que a nuvem de fumaça que cobre o estado tenha uma extensão de cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados. Foram contabilizados 53 mil focos de incêndio, o maior índice do Brasil em 2024. A fumaça chegou a cobrir grande parte do território nacional em agosto e setembro.
A meta do governo Lula para 2030 é zerar o desmatamento. Segundo pesquisas do Ministério do Meio Ambiente, os índices de desmatamento estão caindo, mas estão longe da meta. Com a aproximação da COP, Conferência Mundial do Clima que será realizada em novembro em Belém, um dos desafios será abordar nossa crise climática frente aos líderes mundiais.