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Brasil

“O diálogo entre professor e estudante é essencial no processo educomunicativo”

Carlos Lima, coordenador de educomunicação da Prefeitura de São Paulo, fala sobre o poder de transformação de projetos como o Imprensa Jovem

Por: Marcela Ibelli

02/12/2022 15:19 atualizado há 2 anos

Imagem “O diálogo entre professor e estudante é essencial no processo educomunicativo”
Créditos da imagem: Divulgação

Carlos Lima, 52 anos, está na educação pública desde 1997. É formado em Letras, radialista e professor de inglês. Hoje atua como coordenador de Educomunicação da Prefeitura de São Paulo, onde desenvolve diversas atividades sobre o tema, incluindo formação de educadores na área.


Em 2005, criou o Imprensa Jovem – projeto que estimula cerca de 200 estudantes do Ensino Infantil e Fundamental da capital paulista a conduzirem diversas atividades de produção jornalística, incluindo canais de comunicação entre a escola e a comunidade –, pelo qual ganhou vários prêmios. Em 2008, faturou o Mariazinha Fusari de Educomunicação; em 2019, levou o Aprendizagem Criativa do MIT; e, em 2020, o projeto foi um dos vencedores do Prêmio Aliança para Mídia e Informação, da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).


Durante estes 25 anos, já teve contato com centenas de estudantes e destaca a importância de estabelecer um diálogo franco, aberto e simples com eles. “A escola precisa entender o seu aluno para que facilite na hora de construir a informação que precisa ser passada a ele. A escuta é muito importante”, conta.

Confira entrevista exclusiva do educomunicador.


Qualé: Quando percebeu que poderia se comunicar melhor com os alunos por meio de outros recursos?

Carlos: Sou um cara que estou sempre ligado no que é tendência. ‘Seguro’ meus 52 anos nos ambientes frequentados pela juventude justamente para poder conhecer e mergulhar mesmo no mundo deles. Aprendi a me comunicar pelo meu interesse em buscar informação de forma muito independente. Consegui chegar a um formato de instrução no qual tenho condições de passar o conhecimento de maneira didática para os estudantes e também para os educadores. Acredito que tudo tem que ser rápido e direto. Não sou um teórico, sou um cara prático. Eu olho onde as coisas se encaixam. A autonomia que você dá ao estudante e ao professor de poder experimentar os ajuda a enxergar onde é possível melhorar. O processo de construção e de observação como educador torna mais fácil para mim pensar em projetos de política pública.


Em quais aspectos a educomunicação ajuda?

A educomunicação pode ir pela produção e/ou leitura crítica de mídia. Quando o estudante aprende a linguagem e consegue entender os mecanismos de produção de uma reportagem, então, já sabe quando a informação é falsa, por exemplo. Também trabalhamos com os educadores a questão da leitura crítica. É importante que a escola tenha esse espaço, ofereça experiências como o da Imprensa Jovem, justamente para desenvolver habilidades críticas nos alunos. A revista Qualé, por exemplo, é uma ajuda incrível, porque traz um contexto de linguagem que aproxima o estudante de conteúdos mais complexos que vão para o currículo e livros didáticos. O professor faz o papel de ponte do livro, a revista é algo feito para o aluno diretamente. Isso abre a possibilidade de propor projetos com as reportagens e também estimula a criação da comunicação na escola, como os jornais murais, por exemplo.


Como se aproximar da linguagem do jovem?

O caminho mais fácil e efetivo é quando eles têm a oportunidade de falar, colocar seus pontos de vista. É importante também tentar ser um pouco mais coloquial na linguagem, entender que o conteúdo tem que ser mais simples e carregado de contexto. Às vezes, a opção por recursos audiovisuais é uma forma de conversar de maneira diferente. Independentemente da forma, o desejo do professor é que os estudantes entendam a mensagem que ele quer passar. Na educomunicação é possível criar maneiras de estruturar o processo de construção e conhecimento de linguagem que permitem que seja uma ferramenta para que haja o entendimento.


Como os educadores podem identificar quais são as experiências midiáticas do momento?

Geralmente as experiências midiáticas vêm dos estudantes para os educadores. Recentemente a Imprensa Jovem visitou a BGS (Brasil Game Show) e eu não imaginava que o jovem gostasse tanto de ouvir podcast, por exemplo. Ver os estudantes acessando essas plataformas serve de inspiração para pensar na educomunicação. Assim eles conseguem se conectar com os educadores também. O que é novo para nós, professores, é justamente a experiência que eles trazem para a gente. É uma constante apropriação de movimentos culturais diferentes. Dessa forma existe um caminho de diálogo. Precisamos ir aos lugares onde gostam de ir, observar o que estão usando. Audiovisual, fotografia e som são três elementos importantes. Isso se linka a algo que eles gostam muito de fazer, que é jogar videogame. Precisamos oferecer uma educação midiática de verdade ao aluno, trazer ao currículo, para conectar tudo isso com a grade curricular já existente.


Como estão os jovens que participaram dos projetos de educomunicação?

Até onde eu acompanhei, vi que muitos trilharam por uma perspectiva de melhoria da própria vida. O rádio e outras formas de educomunicação ajudaram a diminuir a timidez, a fazer com que se organizassem melhor na forma de se comunicar com o mundo e a prepará-los para ser mais autônomos no sentido de pesquisar. Alguns se transformaram em pesquisadores, palestrantes, estão bem encaminhados no mercado de trabalho, na vida pessoal. Eles mesmos dizem que participar dos projetos de educomunicação ajuda em todas as fases da vida. É visível como saem da escola com uma perspectiva mais ampliada. A preparação que começa logo cedo permite que os sonhos se tornem realidade no futuro.


*Para saber mais sobre o Imprensa Jovem, acesse https://educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/educomunicacao/imprensajovem

  • educomunicacao

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